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| Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] | |
| Autor | Mensagem |
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CrashRHCP
Mensagens : 4065 Data de inscrição : 14/05/2010 Idade : 31 Localização : Silent Hill
| Assunto: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Qui Set 06, 2012 10:51 am | |
| Aqui é onde vou postar alguns capítulos da minha história, Náviel, um livro que planeio publicar eventualmente. Náviel é uma história de auto-destruição e o caminho para a loucura. Como protagonista, temos a titular Náviel Sunderland, uma rapariga pirómana, paranóica e com vários outros problemas que tornam a sua vida num pelo inferno. Neste livro seguiremos a sua história através das pesquisas e relatos de William, um amigo de infância de Náviel que se torna um psiquiatra só para a poder ajudar. A vida de Náviel, no entanto prova-se chocante, violenta e cheia de decisões erradas. Poderá William realmente ajudar Náviel a voltar à sua vida normal? E que relações tem ela com a rapariga que partilha o mesmo primeiro nome e que se limita a gritar palavras como "O Diabo Sorridente"? Náviel - Prologo:
“Fogo é Deus!” – Náviel Sunderland Estas palavras foram ditas pela própria Náviel, e apesar de só ir explicar o seu significado muito mais à frente, gostaria de começar com estas palavras, pois exemplificam bem Náviel. Este livro que vocês têm na mão contem todo o meu estudo obre a Miss Náviel Sunderland, muito estudo foi feito sobre esta pessoa por vários outros psiquiatras e psicólogos, mas nenhum deles foi alguma vez desenvolvido por alguém que tenha estado realmente ao lado dela durante tanto tempo como eu. Eu conheço Náviel desde os nossos cinco anos, e deverei notar que a sua famosa fixação pelo fogo não existe desde nascença, isso só apareceu por volta dos doze anos, e apenas se fez notar com mais frequência a partir dos quinze, onde os difíceis anos de adolescência foram um dos principais factores que levaram Náviel ao seu estado actual. Aqui encontrarão varias entrevistas vários dados e excertos tirados de entrevistas e sessões feitas a varias pessoas envolvida neste caso, incluindo muito dito pela própria Náviel, tal como muito visto por mim, e ainda algumas sessões sobre a misteriosa Miss Waters. Tentei fazer este livro o mais objectivo possível, mas desculpem qualquer lapso que tenha, é me difícil manter objectivo quando falo de algo que me afectou tanto a vida como este caso.
- Cap.1 - O Primeiro Encontro:
Náviel Sunderland nasceu a 26 de Março de 1980, filha de Gerald Sunderland e Sonia Sunderland. Aos cinco anos mudou de casa, para ao pé de mim, onde viveu até os dezoito anos. O paradeiro depois disso foi variado. Poucos estudiosos se dedicam a estudar os primeiros dez anos de Sunderland, mas eu prefiro começar pelo principio. Conheci Náviel em 1985, quando a própria se mudou para o meu lado, tínhamos ambos cinco anos, escusado será dizer que ela chegou sem amigos nenhuns, mas eu rapidamente travei amizade com ela e tratei de a apresentar ao meu grupo. Ela era um pouco tímida, mas muito bonita, os seus cabelos loiros e os olhos castanhos claros, com um brilho que infelizmente vi desaparecer, tal como o seu sorriso, foram todas coisas que a tornavam uma criança muito bonita, o resto do grupo na altura incluía David Willis, um miúdo de sete anos, o mais velho e forte do nosso grupo, a sua irmã, Christine Willis, com apenas quatro, era, e sempre foi, a mais nova de nós, Chris adorava meter-se em problemas, o que significava que todos tinhamos de manter um olho nela, e mesmo assim, muitas vezes não bastava, por ultimo tínhamos Rich Blair, um rapaz muito simpático, e também o mais esperto do grupo, e é claro, havia eu próprio, William Richford, ou apenas “Will” para os amigos. Náviel rapidamente se adaptou ao nosso grupo, e se abriu mais a nós. Tenho boas memórias desse tempo, tal como ela certamente os terá também. Lembro-me que certo Verão, em 1986, apenas um ano após a chegada de Náviel, fomos nos aventurar por um bosque que havia ao pé da nossa vila, deixamos a Chris em casa e lá fomos nós. Os nossos pais sempre nos tinham dito que era perigoso, mas David tinha-nos convencido, até mesmo Blair, a ir dar uma volta ao local. Infelizmente passado pouco tempo já estávamos nós perdidos, Blair e David começaram a chorar no momento em que se aperceberam disso, mas Náviel mandou-nos acalmar e guiou-nos á volta do bosque, nem vinte minutos tinham passado já nós estávamos de volta á nossa cidade. Na altura pensávamos que ela tinha um sentido de orientação nato, mas anos mais tarde, quando lhe perguntei como tinha feito aquilo, ela revelou-me que tinha marcado várias árvores por onde tínhamos passado com uma pedra e assim descobriu facilmente o caminho de volta. Depois desse evento passámos a ir lá regularmente, indo mais fundo a pouco e pouco, por vezes levando mesmo Christine connosco. Aos poucos me habituei à zona e comecei a orientar-me ligeiramente melhor. Dois anos depois aventurámos-nos o suficiente para encontrar o outro lado do bosque. Desse lado estava uma mansão fantástica, tinha cinco andares, mais janelas que números que qualquer um de nós soube-se contar, duas piscinas, um campo de ténis e quem sabe mais! De certo, quem morava ali não tinha problemas de dinheiro nenhuns. Vim a saber mais tarde que se tratava da mansão Waters. A mansão estava separada de nó por uma altíssima vedação. Do outro lado também estava uma rapariga à volta da minha idade, ela brincava sozinha com as suas bonecas e demorou algum tempo a aperceber-se da nossa presença. Quando finalmente nos viu Náviel acenou-lhe ela acenou de volta. O seu cabelo preto e olhos também eles escuros contrastavam bastante bem com a nossa amiga loira. Elas haviam de contrastar muito, muito mais, mas isso não é história para já. Alguém gritou um nome imperceptível e a rapariga apressou-se a voltar para casa, e também nós regressámos à nossa aldeia. Uma vez perguntei à Náviel, durante o nosso secundário, qual tinha sido, entre todas as nossas idas ao bosque, a sua memória favorita. A resposta foi única, digamos, mas como esta é a sua história, acho necessário inclui-la aqui. Não me lembro ao certo em que ano isto se passou exactamente, mas terá sido depois de 1988, ano em que Joshua e o seu irmão Tom se juntaram a nós. Joshua tinha oito anos, tal como eu e Náviel na altura, e Tom tinha 6. Nenhum dos dois servia propriamente de modelo, e por isso, logo se deram bem com David. Estávamos nós a descansar no bosque após cerca de uma hora de caminhada quando Joshua apostou a sobremesa da escola em como conseguia subir uma árvore mais rápido que todos os outros. David e Tom entraram na aposta como esperado, mas uma concorrente inesperada também se juntou à festa. Não era completamente desprovido que Náviel se juntar à aposta, afinal sempre foi conhecido que Náviel nunca tinha gostado muito de Joshua, apesar de ele nunca lhe ter feito mal directamente, ele adorava maltratar animais pequenos. Não propriamente cães ou gatos, mais insectos ou outros mamíferos pequenos. Náviel por outro lado sempre gostou de observar esses animais. Portanto, tanto eu como Blair, presumimos então que ela estava na aposta porque queria vencer contra o Joshua mais do que por qualquer outra coisa. Subiram todos ao som do apito de Chris, e após cinco minutos ouvimos o som de vitória de Tom e os grunhidos de David e Joshua quando se aperceberam que não iam ter sobremesa no dia a seguir. Passado dois minutos já cá estavam todos em baixo, bem, todos excepto Náviel. Olhámos para cima, em direcção à árvore dela, e lá estava, Náviel, sentada num ramo, a olhar para uma borboleta apoiada no final do mesmo ramo. Ela abriu as suas asas azuis com bordas pretas e voou para o braço de Naviel, apenas para ser projectada para longe por uma pedra, que acabou por matar o pobre animal. Quem arremessou a pedra foi obviamente Joshua, que olhava para a cara de fúria de Náviel com um sorriso na cara. - Desce cá para baixo! Estamos à tua espera! Não vês que já perdeste? – Gritava e troçava o rapaz. Náviel desceu completamente vermelha de raiva e, para nosso espanto, esmurrou Joshua. O efeito não foi muito, mas foi o suficiente para Joshua se virar a ela e quase lhe agredir se o resto do grupo não os separasse. Joshua reclamava com ela, mas acho que ninguém o ouvia. Náviel sacudiu-me para longe e voltou para casa sozinha. Só a voltamos a ver passado três dias, e só dirigiu a palavra a Joshua de novo passado umas boas semanas. Acho que ela nunca o desculpou, e acho que Joshua também ficou bastante enervado com o murro, pois ele não se achava errado. Eventualmente tudo voltou ao normal e o evento foi esquecido. Pelo menos pelo resto do grupo, Náviel, aparentemente nunca o esqueceu.
Agradecia bastante que dessem criticas construtivas sobre como melhorar a minha história, o que tenho mal e o que tenho bem, pois será uma grande ajuda, tanto nos próximos capítulos, como quando for re-escrever isto tudo outra vez (Que tenho quase a certeza que vai acontecer)
Última edição por CrashRHCP em Qui Set 06, 2012 11:52 am, editado 1 vez(es) |
| | | Bloo D. Andrew
Mensagens : 730 Data de inscrição : 16/04/2012 Idade : 26 Localização : Porto
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Qui Set 06, 2012 11:36 am | |
| Interessante e diferente.
Eu não sou muito bom nisto , então não me vou por a criticar como se soubesse muito da coisa , mas eu como leitor , admito , que gostei de ler.
Espero que continues.
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È fazendo não importa o quê , que nos tornamos não importa quem.
Boa sorte, |
| | | mugiwara19
Mensagens : 3142 Data de inscrição : 22/01/2012 Idade : 27 Localização : Pre-timeskip: Couto de Capareiros---Timeskip: Vila de Barroselas
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Qui Set 06, 2012 11:42 am | |
| Wow, Crash! A ideia é mesmo incrível e imensamente interessante. Escreves mesmo muito muito bem. Adorei e fiquei mesmo curiosa sobre o resto. Não sei se te apercebeste lol ^^' Escreves-te "separa-se" presente do indicativo pronominal, quando penso que querias dizer "separasse" pretérito imperfeito do conjuntivo ^^ Fora isso, n detetei nada e n era grave, só achei é que gostarias de saber para poderes corrigir. Também detesto erros ortográficos chatinhos quando escrevo ^^' Estás de parabéns e espero que continues a história, porque está mesmo muito bom o início e a ideia ^^ |
| | | Mugiwara no Riki
Mensagens : 1746 Data de inscrição : 09/07/2012 Idade : 27 Localização : North Blue
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Qui Set 06, 2012 12:42 pm | |
| Escreves tão bem quanto a Mugi , estás de parabéns |
| | | Fricay
Mensagens : 3651 Data de inscrição : 11/07/2010 Idade : 36 Localização : Braga
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Qui Set 06, 2012 12:56 pm | |
| Bem é para ser honesta não é? Então vou dar a minha opinão. :3 Achei o prologo fixe, nada de mais. Agora em relação ao capitulo, não gostei muito do inicio e vou dizer porque. O facto de ele se lembrar de muita coisa aos 5 anos é muito forçado. Na minha opinião acho que ficava melhor tipo, ele conta-se isso como uma recordação de outra pessoa, por exemplo, a minha mãe contou.me que aos 5 anos, quando te conheçi juntei.te com a malta toda. xD Eu falo por mim, eu nao me lembro nada do que fiz aos 5 anos, por isso é que digo isto. É só a minha opinião. xD, Reparei que em sitios faltam-me umas virgulas. xD De bom que posso dizer é, que não pousaria o livro, por isso continua o postar. Mas admito que fiquei mais curiosa sobre a rapariga da mansão do que da principal. Não sei se isso é bom ou mau... Mas va, posta o proximo :P |
| | | CrashRHCP
Mensagens : 4065 Data de inscrição : 14/05/2010 Idade : 31 Localização : Silent Hill
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Sex Set 07, 2012 8:05 am | |
| Bem, a rapariga da mansão é muito importante para a história, mas não a vais ver muito frequentemente, tirando lá para o final. E a principal só fica mais interessante lá para o 3º capitulo. E sim, agora que falas nisso, concordo. Se bem que eu até me lembro de coisas com 2 anos, mas não são memorias muito grandes. Obrigado a todos os outros pelas criticas e já corrigi o erro que a Mugi detectou. Aqui vai o segundo capitulo, que já é mais ao estilo do que o resto do livro vai ser. E o final já é um bocado "Gory", mas esperem pelo terceiro e quarto que esses é que não são mesmo para os de estômago fraco! - Dias de Adolescência:
Após os seus doze anos, Náviel mudou bastante, apesar de não saber exactamente a razão na altura, presumi que fosse pela entrada na adolescência. Nesses anos ela reuniu vários quadros que pôs no quarto. Eu não os apreciava muito, e tanto pelo que sei, nem os pais dela. O fogo era um tema comum entre eles. Entre simples chamas, a pessoas e animais a serem queimados, casas a arder, todo um leque de imagens grotescas revestiam as paredes do quarto dela. Poucas vezes visitei o quarto assim, e passado algum tempo as visitas a casa dela começaram a passar-se na sala ou cozinha. Por vezes lá víamos um filme com o resto do grupo. Mas preferíamos reunirmos-nos em casas de outros elementos, como a minha ou a de David, que a dele tinha piscina e tudo. Dos doze aos quinze anos nada de especial aconteceu, mas gostaria de citar uma conversa que tive com ela quando tínhamos ambos catorze. Já se passaram bastantes anos, portanto duvido muito que descreverei exactamente como se passou, mas não terá sido muito diferente, e as partes importantes estão todas lá. Lembro-me que estava apenas eu e ela no quarto, eu olhava para a janela, a observar a minha casa enquanto Náviel escondia um maço de tabaco, vicio que infelizmente tinha apanhado de David e Joshua. - Olha lá, achas bem andares a fumar? – Perguntei-lhe eu sem desviar os olhos da janela. Ela emitiu um grunhido de desagrado pelo meu comentário. - Eu não sou daquelas que fuma porque acha que fica “fixe”, sabes? Fumar sabe-me bem. É como se eu tivesse a engolir fogo, queima-me o interior e sai numa bela nuvem de fumo. Ergui a sobrancelha e olhei-a na cara, ela tinha um sorriso enquanto falava daquilo que honestamente me assustava. - Bem, nunca ouvi ninguém pôr isso dessa forma. - Nunca ouviste muita coisa, tens catorze anos. Estamos na altura onde as começamos a ouvir. E estamos na altura onde finalmente começamos a decidir quais dos muitos conselhos que os nossos pais nos deram vamos ignorar, e quais vamos seguir. - Fumar é um dos que vais ignorar, portanto? - Não planeio morrer de cancro do pulmão e vou ter calma com isto, mas sim, vou continuar a fumar. Suspirei, não era essa a resposta que queria ouvir, mas sempre eram melhores que as “Tu não fumas porque és maricas!” de Joshua. Ás vezes perguntava-me ainda porque raio éramos amigos dele, mas sempre que foi preciso um ombro amigo, estranhamente, ele era dos primeiros a aparecer, como por exemplo quando a mãe de Blair morreu e quando Chrystine partiu a perna a andar de bicicleta. - Quais são os teus? – Perguntou-me ela. - Hã? – Perguntei eu, até que me apercebi do que é que ela falava. – Ah, eu planeio respeitar todos os conselhos que fui ensinado. - Muito nobre da tua parte, mas veremos até quando isso dura. Não durou muito, devo dizer a verdade, com dezaseis já bebia. No entanto na altura simplesmente acenei e olhei em volta. Tentei ignorar o quadro da família ardente, e concentrei-me noutro, completamente desasociado do resto, era um quadro de uma borboleta azul e preta, tal como a que vimos no bosque, alguns cinco anos antes. Na altura não associei as duas borboletas, estava apenas curioso por saber o que raio fazia uma borboleta no meio de famílias e casas em combustão. - Este quadro…? – Perguntei enquanto apontava para a curiosa borboleta. - A borboleta? – Eu acenei – O que tem? - É… diferente dos outros. - Ah, bem, sim, um bocadinho. Mas tem tanto significado como os outros. – Neste momento pensei em perguntar qual era o significado dos outros, mas esse pensamento foi consumido por outro: “Quereria eu mesmo saber?” – A borboleta representa a liberdade e a mudança, sabes? As borboletas começam como umas larvas, mas depois tornam-se em algo diferente, muito mais bonito e livre. - Também bastante frágil. - Quase tudo é frágil. Eu neste momento sinto-me como uma larva, mas espero um dia tornar-me numa borboleta! - Eu pessoalmente acho-te já bastante bonita. – Lembro-me que esta frase saiu-me bastante engasgada, e por segundos desejei que ela não fosse percebível. Náviel virou-se com um sorriso e deitou um ligeira gargalhada que me acalmou o coração. - Não é de beleza que eu falo. É outra coisa. - Que outra coisa? Ela olhou para o quadro, pensativa durante um pouco antes de me responder. - Acho que não entenderias. Calei-me. Ela acompanhou-me à porta e despediu-se, e tenho de dizer que a conversa não saiu dos meus pensamentos durante alguns dias. O evento mais importante na vida de Náviel, e todos os outros elementos do nosso grupo aconteceu em 1997, tinha Náviel 16 anos. Era dia 4 de Janeiro, e estávamos ainda a recuperar das férias de Natal e do Ano Novo, mas já em aulas. David estava a falar com a irmã sobre algo, na biblioteca, possivelmente os problemas com os pais, que havia rumores que se iriam separar, algo que acabou por acontecer dois anos depois e Blair estava-me a ajudar nos trabalhos de casa, ao pé deles. - Olha lá, tens a certeza que é isto? – Perguntei-lhe eu, face a um problema de matemática muito complicado. - Tenho. Ainda não percebi o que é que há para não saber? Usas o seno aqui… passas este para aqui, não te esqueças de usar a exponencial e está feito. Olhei para ele um bocado séptico, mas anui. - Quanto é que tiveste a matemática? – perguntei-lhe eu, sabendo que ia me arrepender. - Dezassete, baixei a média no ultimo teste. E tu? - Deixa estar… Foi mais ou menos nesta altura que a porta da biblioteca abriu e Tom entrou lá para dentro, procurando-nos apressadamente. - Que se passa? – Perguntou Chrystine assim que o viu. - Viram o meu irmão? Ele prometeu-me que ia ajudar a varrer a casa á duas horas atrás e ainda não chegou. Também não atende o telemóvel. - Não, nem ele, nem a Náviel, estão desaparecidos à já algumas horas. – Respondeu Blair. - Se calhar estão nalgum canto a namorar! – Sugeriu na brincadeira Chrystine, que originou a muitas gargalhadas, pois todos no grupo sabiam que isso era mais difícil que ganhar o EuroMilhões e ser atingido por um raio a seguir. Depois das gargalhadas decidimos ir procurá-los, e começamos a aperceber-nos que o problema era sério, quando após a hora de jantar ainda não tinham sido avistados nenhum dos dois. No dia a seguir descobrimos que nenhum dos dois tinha regressado a casa, e ambos os telemóveis estavam desligados. Decidimos então ir á policia com os pais deles. Uma busca foi iniciada, mas mesmo assim só foram descobertos quatro dias depois. O excerto seguinte é de uma conversa que tive com Rich Blair em 2005, relativamente ao paradeiro de Náviel. “27 de Janeiro de 2005 Local: Quintal da casa de Rich Blair William Richford: Olá, Blair, já não nos víamos há algum tempo. Rich Blair: Alguns cinco meses, sim. Andas-te ocupado? WR: Sim, podemos dizer que sim. Tenho uma paciente muito especial, sabes? RB: Já ouvi dizer. Foi por isso que passas-te por aqui? WR: Espero que possas contribuir para a minha pesquisa. Importas-te que faça algumas perguntas. RB: De amigo para amigo, ou profissionalmente? WR: Profissionalmente. RB: Bem, não, não me importo. WR: Obrigado. Gostaria que me contasses mais sobre como encontraste Náviel e Joshua. RB: O que restava dele, queres dizer. WR: Preferia não ser lembrado do seu estado. RB: Eu é que acordo com essa visão todos os dias, não tu. Como já te contei, já tinha desistido de procurar por eles, e era dia 9 de Janeiro, o que significava que era o aniversário de minha mãe. Então decidi ir visitá-la. WR: Ao cemitério então. RB: Sim, a minha mãe tinha morrido cerca de nove anos antes. Fui visitar a campa, mas fui sozinho. O meu pai iria depois, com um ramo de flores, choraria um pouco e ir-se-ia embora. Eu não gostava de ver o meu pai nesse estado, por isso fui lá mais cedo. Lembro-me que estava a nevar, a campa estava completamente branca, e quando estava a limpá-la, ouvi um som. Uma voz para ser mais exacto. WR: Lembras-te do que dizia? RB: Não, mas lembro-me a quem pertencia, a nossa desaparecida amiga, Náviel Sunderland. Gritei o seu nome e ouvi o meu em resposta. Gritei outra vez a tentar seguir o som dela, ouvi de novo o meu nome, mas foi cortado a meio. Sabia agora que ela estava ali e olhei em volta. O único sitio que ela poderia estar era dentro de uma pequena capela, que pouco espaço tem para uma pessoa quanto mais para duas. Havia um problema grave no entanto, o tejadilho que tinha em frente da porta tinha desabado e trancado a rapariga lá dentro. WR: Na altura não cheiraste…? RB: Cheirei sim. Mas estamos num cemitério. É normal haver esse cheiro, certo? WR: Sim, é verdade. Então chamaste o 112? RB: Depois de tentar levantar o tejadilho por mim, sim. Demoraram cerca de quinze minutos a chegar, e nesse tempo Náviel não respondeu a nenhum dos meus gritos tanto por ela como por Joshua. Quando finalmente os bombeiros chegaram e tiram-nos dali, vi uma visão que me iria assombrar para sempre. WR: Eu sei que isto custa, mas é necessário, o que é que viste exactamente? RB: (Suspiro) Vi primeiro tirarem Náviel dali, ela estava mais magra, a sua cara e braços estavam completamente vermelhos de sangue, e o resto do seu corpo não estava completamente imune àquele encarnado horrível. Ela gritava e esperneava, pedia perdão e socorro, amaldiçoava tudo e todos, e acho que não me viu, apesar de ter olhado para mim nos olhos. Olhei para dentro da capela, mas arrependi-me disso no momento em que vi o corpo completamente mutilado e mordido de Joshua. Um dos braços tinha sido arrancado e parcialmente comido, a sua cabeça estava completamente esmagada, como se tivesse sido atingido por algo bastante pesado. Um dos olhos jazia ao seu lado, e eu não iria procurar o outro. Uma das suas pernas tinha sido roída até ao joelho e as costas apresentavam marcas de dentadas também. O corpo apresentava várias queimaduras em todo o seu redor, mas especialmente á volta dos sítios roídos. Os bombeiros agarram-me e levaram-me para bem longe dali, como já deveriam de ter feito.”
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| | | Fricay
Mensagens : 3651 Data de inscrição : 11/07/2010 Idade : 36 Localização : Braga
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Sex Set 07, 2012 11:25 am | |
| Again vou ser honesta. Achei o inicio boring, depois la melhorou e começou a ser interessante. Acho que um dos motivo pelo qual achei isso é que fazes frases muito longas, pareces o Saramago xD "Varrer a casa" ? Really? xD Uma sugestão, vendo que usaste nomes, va americanos, sugeria que mudasses o Euromilhões para lotaria :P sempre dá uma certa coisa... Fiquei confusa, quando é que eles foram encontrados? Como não puxeste uma data ficou um bocado confuso, não percebi se passaram anos ou meses... Gostei do final. Ainda nao pousei o "livro" o que é bom xD Bora o proximo :P |
| | | CrashRHCP
Mensagens : 4065 Data de inscrição : 14/05/2010 Idade : 31 Localização : Silent Hill
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Sex Set 07, 2012 11:33 am | |
| - Fricay escreveu:
- Again vou ser honesta.
Achei o inicio boring, depois la melhorou e começou a ser interessante. Acho que um dos motivo pelo qual achei isso é que fazes frases muito longas, pareces o Saramago xD "Varrer a casa" ? Really? xD Uma sugestão, vendo que usaste nomes, va americanos, sugeria que mudasses o Euromilhões para lotaria :P sempre dá uma certa coisa... Fiquei confusa, quando é que eles foram encontrados? Como não puxeste uma data ficou um bocado confuso, não percebi se passaram anos ou meses... Gostei do final. Ainda nao pousei o "livro" o que é bom xD Bora o proximo :P Sempre escrevi palavras longas, mas não me compares ao Saramago, fogo >.> E posso mudar os nomes sim, eles foram feitos ao calhas tirando a principal. Also: "Uma busca foi iniciada, mas mesmo assim só foram descobertos quatro dias depois. " |
| | | Mugiwara no Riki
Mensagens : 1746 Data de inscrição : 09/07/2012 Idade : 27 Localização : North Blue
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Sex Set 07, 2012 11:34 am | |
| Lol Comparar o Crash ao Saramago |
| | | Fricay
Mensagens : 3651 Data de inscrição : 11/07/2010 Idade : 36 Localização : Braga
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Sex Set 07, 2012 11:35 am | |
| - CrashRHCP escreveu:
- Fricay escreveu:
- Again vou ser honesta.
Achei o inicio boring, depois la melhorou e começou a ser interessante. Acho que um dos motivo pelo qual achei isso é que fazes frases muito longas, pareces o Saramago xD "Varrer a casa" ? Really? xD Uma sugestão, vendo que usaste nomes, va americanos, sugeria que mudasses o Euromilhões para lotaria :P sempre dá uma certa coisa... Fiquei confusa, quando é que eles foram encontrados? Como não puxeste uma data ficou um bocado confuso, não percebi se passaram anos ou meses... Gostei do final. Ainda nao pousei o "livro" o que é bom xD Bora o proximo :P Sempre escrevi palavras longas, mas não me compares ao Saramago, fogo >.> E posso mudar os nomes sim, eles foram feitos ao calhas tirando a principal. Also: "Uma busca foi iniciada, mas mesmo assim só foram descobertos quatro dias depois. " Onde é que esta isso? Eu não li isso! É o que dá, estar a ler e a falar ctg ao mesmo tempo. - Spoiler:
Vou deixar de falar ctg
E desculpa lá, Saramago is awesome! O modo como ele escrevi pronto um bocado complicado mas as historias eram fantasticas. Quem diz o contrario não aprecia um bom livro. Edit: Ah! Ali esta! Acreditas que fiquem a meio da frase? XD acredita que faço isso muitas vezes quando estou a estudar -...-' tenho de parar com isso... |
| | | CrashRHCP
Mensagens : 4065 Data de inscrição : 14/05/2010 Idade : 31 Localização : Silent Hill
| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] Sex Set 07, 2012 11:43 am | |
| Acredito sim senhor... De qualquer das formas estás a comprar a nossa forma de escrever, que é o que realmente não gosto nele. |
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| Assunto: Re: Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] | |
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| | | | Náviel [Uma história original de Pedro Cabrita] | |
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